O portal Guia Gay São Paulo divulgou a lista de 50 LGBTs Mais Influentes do Brasil. A lista é ampla e traça um panorama da diversidade dentro da sigla. Abaixo, listo os principais destaques e breve análises do que percebi olhando a lista:
20% dessa lista são mulheres, como bem pontuou a Rede de Mulheres LBTs: um número ainda baixo e que reforça que mesmo em um espaço como esse, de diversidade, temos pouca representatividade.
- Nenhum homem trans: sim, faltaram eles na lista. E, conforme uma lista que tracei de 4 influenciadores trans que você precisa conhecer, eles existem e influenciam muitas pessoas.
- Brancos e brancas são maioria na lista: o baixo número de pessoas negras (cerca de 20% das 50, apenas) segue como um reflexo do duplo preconceito que elas e eles enfrentam, além de reforçar que há uma maior aceitação (prestígio, seguidores, influência) quando se é LGBT mas de pele branca.
- Sair do armário faz a diferença: na lista, temos algumas pessoas que se assumiram (gays, lésbicas ou bissexuais) em 2019. São artistas que já possuem uma carreira consolidada e que, ao saírem do armário, contribuem para o combate à homofobia.
- Não há “profissão de gay” (ou de lésbica ou de trans): observe a variedade de profissões das pessoas desta lista, para além dos que são artistas.
- Destaco ainda alguns nomes que talvez você não conheça e que estão na lista:
- Toni Reis: importante interlocutor junto ao governo federal pelos direitos LGBTs;
- Luiz Mott: presidente de honra do Grupo Gay da Bahia (GGB), o mais antigo grupo de representatividade no Brasil;
- Erica Malunguinho: primeira mulher trans eleita deputada no estado de São Paulo.
- Maite Schneider: cofundadora do Transempregos, uma iniciativa para inserir pessoas trans no mercado de trabalho.
Acesse a lista completa no portal Guia Gay de São Paulo: http://bit.ly/2tQsDbQ
Crédito das imagens: Guia Gay São Paulo e Rede de Mulheres LBTs .